PODEROSA

Rita Lee exibiu, ao longo de seus mais de cinquenta anos de carreira, uma qualidade rara: foi fiel a si mesma sem se deixar levar por modismos. Tal característica a manteve ativa e rebelde até segunda-feira, 8, quando morreu em casa, após dois anos de tratamento contra um câncer de pulmão.

Dona de uma voz marcante e atitudes transgressoras, Rita deixa uma marca indelével na cultura brasileira. Em suas composições, falou de temas tabus na sociedade, como aborto, homossexualidade, drogas — e dedicou boa parte da sua obra à defesa da emancipação feminina. Ousadias que fizeram dela, sim, a ovelha negra da música e uma das maiores artistas do país.

Inaugurou no país a era dos mega-shows em estádios por brasileiros e é, até hoje, a artista com mais músicas em novelas, com quinze faixas de aberturas e quase 100 canções nas trilhas sonoras. Ao todo, vendeu mais de 55 milhões de discos, ocupando o quarto lugar entre os campeões nacionais de vendas, atrás apenas de Tonico & Tinoco, Roberto Carlos e Nelson Gonçalves.

Nos últimos anos, aos poucos, foi se retirando da vida pública para viver em um sítio nos arredores de São Paulo junto com o marido, o guitarrista Roberto de Carvalho, seu grande parceiro musical e de vida.

Como testamento, deixa 'Outra Autobiografia', livro que será lançado em 22 de maio (dia de Santa Rita de Cássia), em que relata sua luta contra o câncer. De fato, a própria Rita preferia ser chamada de “padroeira da liberdade” do que de “rainha do rock”.

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